Leia o texto abaixo, da escritora Rachel
de Queiroz, para compreender o quanto o ato de votar é representativo
na arte da comunicação.
sábado, 30 de janeiro de 2016
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Elementos de Cidadania – Tolerância e Respeito à Diversidade
A filosofia da Paz começa pela Tolerância
e o respeito à Diversidade; e esse ensinamento começa na infância.
As crianças só agem em contrariedade a
esses princípios ou elementos de cidadania, a partir dos exemplos que referenciam
o seu cotidiano.
Por isso, os adultos precisam prestar mais
atenção no que dizem no que transmitem e em seus comportamentos mais simples do
dia a dia.
Em prol de um
mundo melhor, vejam só que bacana a ideia da Mattel, que é dona e criadora da Barbie:
A BARBIE VAI GANHAR UM NOVO CORPO!
Não só de palavras vive a comunicação, sabia???
A
Comunicação Verbal e não verbal
A Comunicação
é entendida como a transmissão de estímulos e respostas provocadas, através de
um sistema completa ou parcialmente compartilhado. É todo o processo de
transmissão e de troca de mensagens entre seres humanos.
Esquema da
Comunicação de R. Jakobson:
Para se
estabelecer comunicação, tem de ocorrer um conjunto de elementos constituídos
por: um emissor (ou destinador), que produz e emite uma determinada
mensagem, dirigida a um receptor (ou destinatário). Mas para que a
comunicação se processe efetivamente entre estes dois elementos, deve à
mensagem ser realmente recebida e descodificada pelo receptor, por isso é
necessário que ambos estejam dentro do mesmo contexto (devem ambos
conhecer os referentes situacionais), devem utilizar um mesmo código
(conjunto estruturado de signos) e estabelecerem um efetivo contato
através de um canal de comunicação. Se qualquer um destes elementos ou fatores
falhar, ocorre uma situação de ruído na comunicação, entendido como todo
o fenômeno que perturba de alguma forma a transmissão da mensagem e a sua
perfeita recepção ou descodificação por parte do receptor.
Elementos da
Comunicação:
- Codificar:
transformar, num código conhecido, a intenção da comunicação ou elaborar um
sistema de signos;
-
Descodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do repertório (conjunto
estruturado de informação) de cada pessoa;
- Feedback:
corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua
mensagem foi captada pelo receptor.
LINGUAGEM
VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus
distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não
está nelas mesmo, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite
decifrar e interpretar as palavras);
LINGUAGEM NÃO
VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais
e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os
elementos não verbais da comunicação.
Os
significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma
cultura para outra e de época para época.
A
comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não verbal pode ser
uma reação involuntária ou um ato comunicativo propositado.
Alguns
psicólogos afirmam que os sinais não verbais têm as funções específicas de
regular e encadear as iterações sociais e de expressar emoções e atitudes
interpessoais.
a) expressão
facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua
expressão fisionômica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os
sentimentos, mas muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional.
b) movimento
dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo
pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contesto pode significar
ameaça provocação.
Desviar os
olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a ideia de
submissão como a de desinteresse.
c)
movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens.
d) postura e
movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras
do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por
ex.: inferiores hierárquicos adotam posturas atenciosas e mais rígidas do que
os seus superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos.
e)
comportamentos não verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da
voz) revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente
transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada.
f) a
aparência: a aparência de uma pessoa reflete normalmente o tipo de imagem que
ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, maquiagem, apetrechos
pessoais, postura, gestos, modo de falar, etc., as pessoas criam uma projeção
de como são e de como gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais
serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projeção particular e
se os outros respeitarem essa projeção.
Conclusão:
na interação pessoal, tanto os elementos verbais como os não verbais são
importantes para que o processo de comunicação seja eficiente.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Princípio da Igualdade de Direitos - A Comunicação é um deles, sabia???
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS (Lei n.º
10.436, de 24/04/2002)
Art. 1º.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS a
forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza
visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema
linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de
pessoas surdas do Brasil
Art. 4º.
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS não poderá
substituir a modalidade escrita da Língua Portuguesa.
E POR QUE ELA É TÃO IMPORTANTE PARA A SOCIEDADE
BRASILEIRA?
Porque, no Brasil, segundo a Associação de Deficientes
Auditivos, Pais, Amigos e Usuários de Implante Coclear (ADAP), em reportagem de
2013:
“Segundo censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística-IBGE, cerca de 9,7 milhões de brasileiros possuem
deficiência auditiva (DA), o que representa 5,1% da população brasileira. Deste
total cerca de 2 milhões possuem a deficiência auditiva severa (1,7 milhões têm
grande dificuldade para ouvir e 344,2 mil são surdos), e 7,5 milhões apresentam
alguma dificuldade auditiva. No que se refere a idade, cerca de 1 milhão de
deficientes auditivos são crianças e jovens até 19 anos. O censo também revelou
que o maior número de deficientes auditivos, cerca de 6,7 milhões, estão
concentrados nas áreas urbanas.[...]” (ADAP, 2013)
Então, diante
de dados tão significativos, a presença do ensino da Língua Brasileira de
Sinais (LIBRAS) de escolas bilíngues e/ou de professores bilíngues ou de
interpretes desde a Educação Primária, no Brasil, pode representar um avanço
importante no processo de inclusão e acessibilidade; inclusive, proporcionando
a visibilidade para que outras deficiências possam também ter suas demandas
atendidas e favorecendo o desenvolvimento de uma interação estimulante e
desafiadora, a partir de uma convivência permeada por sentimentos de
solidariedade e colaboração. Ou seja, o ensino da Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS) é um direito pautado no Princípio da Igualdade previsto na
Constituição Brasileira.
Língua, Linguagem... Será que é tudo a mesma coisa?!
- Linguagem é a capacidade que apenas os seres humanos possuem de se comunicar por meio de línguas.
- Língua é definida como um sistema de signos vocais utilizados como meio de comunicação entre os membros de um grupo social ou de uma comunidade linguística.
Linguagem e Identidade Social
Segundo Le Page
(1980), todo ato de fala é um ato de identidade. A linguagem é o índice por
excelência da identidade. As escolhas linguísticas são processos inconsciente
que o falante realiza e está associado às múltiplas dimensões constitutivas da
identidade social e aos múltiplos papéis sociais que o usuário assume na
comunidade de fala. O que determina a escolha de uma ou outra variedade é a
situação concreta de comunicação.
A história da
colonização do Brasil mostra o processo de formação da nossa língua à luz dos
aspectos mais marcantes para a diversidade linguística presente em nosso
território, um país monolíngue. Pôr exemplo a língua trazida para o Brasil
pelos portugueses conservou-se, nos grandes centros de colonização no litoral,
onde havia constante intercâmbio comercial e cultural com a metrópole, bem
semelhante à modalidade lusitana, distinguindo-se dela, porém, em alguns
traços. Com relação aos vernáculos rurais, observa-se um maior distanciamento
da norma portuguesa, pois nessa modalidade, possivelmente, foi mais acentuada a
influência das línguas indígenas e dos falares dos negros que vinham para o
Brasil dominando ou não o dialeto crioulo que já se instituíra na África, em
colônias também portuguesas.
A atribuição de
prestígio a uma variedade linguística decorre de fatores de ordem social,
política e econômica. Ao longo de toda a história brasileira, o português
falado pelas classes mais favorecidas tem sido a variedade prestigiada em
detrimento da todas as outras, é a chamada norma-padrão ou língua-padrão, é a
que foi eleita como representativa de um país, é ensinada e aprendida na
escola. Quando uma variedade de língua é eleita variedade padrão, ela ganha alta
condição social (status) e passa a ser instrumento de dominação sobre as demais
variedades que passam a ser consideradas inferiores, devido a uma visão
preconceituosa, perpetuada de alguma maneira pôr meio das regras impostas pela
gramática da língua escrita, que legitima a linguagem padrão como única.
No caso do Brasil, a
norma-padrão atual foi determinada pelas mudanças de polos econômicos,
políticos e culturais do país e reforçada pelo preconceito que impõe uma
suposta superioridade do falar urbano (dos escolarizados, letrados) sobre o
falar rural (dos analfabetos ou com pouco letramento).
(Fragmento
do artigo “Linguagem e identidade social – uma abordagem sociolinguística”, de Tércia Ataíde França Teles - Secretaria de Estado de Educação do Distrito
Federal)
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
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